Recordar é viver...
Hoje esteve, por estas bandas, um tempo esquisito. Não era chuva, mas molhava, não era frio, mas arrepiava! Enfim... o São Pedro é que sabe!
Nestes dias apetece-me estar por casa e fazer uma coisa que gosto muito: ver fotos e vídeos. Então, peguei nos Álbuns que tenho e que possuem fotos de todo o tipo: desde os tempos de solteiros dos meus pais até ao último ano e há que arranjar mais álbuns para pôr as fotos destes dias que por cá ando.
Altar-Mor da Igreja Paroquial de Perosinho |
Dá-me sempre graça ver o casamento dos meus pais, as minhas comunhões, mas também aquelas fotos - que são bastantes, afinal foram 15 anos- dos momentos de onde brotou a minha vocação. Falo, claro está, das fotos da minha investidura como acólito nesta pequenina e humilde comunidade de Perosinho, das festas da catequese, das procissões e convívios cá da terra.
Como cresci e como cresceram aqueles que me acompanharam neste caminho.
Alguns deles já retornaram à Casa do Pai...
Também vi alguns vídeos de comunhões e casamentos em que estive presente e dou comigo a pensar: Meu Deus! Como estes miúdos cresceram... fui catequista deles e alguns já estão para casar! É uma sensação de que envelhecemos... estranha, no mínimo!
Recordo-me das palavras de um frade dominicano, coordenador da peregrinação que fiz há um mês, embora noutro contexto: «Voltar à 'cuna' (berço, em português) é sempre recordar a origem de tudo, a origem da vida! E há que dar graças a Deus por isso!
Perosinho, o meu berço, é isso também... sentir-me agradecido pelo dom da vida e por tudo aquilo que esta comunidade me ensinou e ensina, tudo o que me deu e eu lhe dei!
Como dizia uma santa que admiro: «Agradecer, sorrindo, é o primeiro passo para a santidade!»...
Mas para viver há que recordar, tal como diz a canção do Vitor Espadinha, ainda que de modo diferente: «Recordar é viver!». Vitor Espadinha - Recordar é viver
Pax Christi.
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