Senhora da Alegria
Senhora, tenda da alegria
Ó templo aberto da Palavra.
Ó Santa Maria,
Roga a Deus por nós!"
Pela primeira vez em oito anos, faço férias repartidas: duas semanas em Agosto e duas semanas em Setembro. Uma maneira diferente de viver este tempo de descanso.
Como sempre estive de férias em Agosto, acabei por me habituar ao ritmo do verão e das festas que durante ele se celebram: Santa Marinha, Senhora da Saúde, Senhora do Pilar, São Bartolomeu, São Domingos, etc. Esqueci-me de todas as outras...
Aqui nas redondezas há muitas outras festas em Setembro e todas ligadas à Paixão e à Cruz: Senhor do Calvário, Senhor dos Aflitos, Senhor da Vera Cruz. No entanto, a presença de Maria é tão forte que acaba por haver evocações de Nossa Senhora que a ligam à Cruz. Até as festas populares nos falam da teologia que aprendemos.
Hoje aqui na zona celebram-se quatro festas importantes: Vera Cruz (Candal), Senhor dos Aflitos (Coimbrões), Senhora da Graça e Divina Providência (Grijó) e a Senhora da Ajuda (Espinho). Jesus e Maria no centro de todas elas... é bonita esta relação!
Mas escrevo para dar conta de uma outra relação: a Senhora da Alegria. No meio de uma procissão com 34 andores e muitos estandartes, aparece um andor que a todos arrancou um sorriso: o da Senhora da Alegria.
Era um andor grande, cheio de flores e uma pequenina imagem de Nossa Senhora. Nela está representado Jesus ao seu lado e Maria com uma guitarra na mão a tocar para Jesus. Foi a primeira vez que vi aquela imagem. Arrancava sorriso porque todos acharam graça que num andor tão grande fosse uma imagem tão pequenina. Mas cumpriu a sua missão: dar alegria e arrancar sorrisos. Tive pena de não fotografar o andor e assim arrancar mais sorrisos, mas não tive oportunidade de o fazer e por isso deixo uma imagem parecida.
Hoje por ser Domingo, não se celebrou o dia de Nossa Senhora das Dores, mas recordo sempre a primeira vez que fui com a minha avó ao Mosteiro de Pedroso e de ver, logo à entrada, um altar dedicado às Dores de Nossa Senhora e aquela imagem ficou-me sempre na memória, tanto que numa ida a Fátima, os meus tios ofereceram-me uma imagem da Senhora das Dores e que eu lhe tirei as espadas do peito.
Aqui, em terras de Santa Maria, temos um especial carinho pela Mãe de Jesus com muitas evocações e nomes, mas é a mesma mulher: aquela simples mulher de Nazaré. Como diz um ditado: "Senhora das Dores, da Saúde e da Paz, rezar a uma ou a outra vale o mesmo e tanto faz".
Que ela nos inspire em todos os momentos da nossa vida, quer com as suas dores, quer com a sua alegria.
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