Contemplação

Gosto, de vez em quando, actualizar-me e ler algo sobre a vida dominicana em todas as suas vertentes. Porém, chegou-me um vídeo de uma monja contemplativa dominicana espanhola, num programa antigo da RTVE, sobre a vida contemplativa. 

E perguntaram à Ir. Maria Araceli Abol: «Que fazem vocês pelo Mundo, uma vez que estão fechadas num mosteiro?».

Ela respondeu o seguinte e que me parece uma resposta de mestre:

«Na maioria das casas, sobretudo nas que se vão construindo, há um grande interesse em que não se vejam os cabos, encerrando-os dentro das paredes, sobretudo por estética. Vê-se apenas o foco e o interruptor. 

A primeira coisa que se faz quando se entra numa sala é procurar um interruptor para ter uma boa iluminação e, por isso, conforto.

Porém, de nada serviria o foco e o interruptor se não fosses esses cabos escondidos nas paredes a transmitir o fluido de electricidade. Alguma vez alguém perguntou aos cabos: "Que fazeis aí dentro dessas paredes?"

Então, nós, monjas de vida contemplativa, somos esses cabos que fazem com que o interruptor e o foco funcionem».

E o entrevistador perguntava: «Irmã, de onde lhe vem essa forma de se expressar?» E ela concluiu: «De muitas horas dentro das paredes a ver como funciona o foco e o interruptor!». 

Que este testemunho nos deixe a pensar sobre a vida contemplativa e sobre a necessidade dela para o nosso mundo.

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