A recompensa...

E Pedro começou a dizer-lhe: Eis que nós tudo deixamos, e te seguimos.

E Jesus, respondendo, disse: Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho,ue não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna.

Confesso que hoje meditei muito neste trecho evangélico,  sobretudo na parte da tarde, e relacionei-o com o trecho de São Paulo aos Corintios. 

Tudo tem um contexto e está meditação toda teve que ver com um episódio ocorrido hoje de tarde que confesso ter-me irritado um pouco. Mas Deus lá me vai dando paciência.

Hoje, como é habitual, fui fazer a minha pastoral e que correu muito bem, com um bom jantar, um bom espírito de equipa, serenidade e diversão. Afinal é assim... Somos jovens e bem dispostos! 

No final, e porque as circunstâncias o pediram, teci umas breves palavras para agradecer à Associação que nos ajudou esta tarde. No fim, o Presidente teceu um bonito elogio a todos e agradeceu igualmente. 

A recompensa que temos depois de fazer o nosso apostolado, que é uma pequena migalha, converte-se neste cem vezes mais...

Acho que ninguém faz voluntariado por ser cool,  porque os amigos fazem, porque conhecem A ou B, para serem reconhecidos como os heróis ou o melhor grupo. 

Ninguém ali vai para se exibir, mostrar que é o melhor, o mais generoso, o mais solidário nem para ficar bem na fotografia. 

Se alguém entende assim, acho que está na altura de entrar a sério na coisa. 

Vamos ali porque o outro precisa e eis o motivo porque faço voluntariado: porque aquele irmão ou aquela irmã precisa.

Mas o ser humano é assim: competitivo, fundado na cultura do imediato, da recompensa e da retribuição, quando apenas uma retribuição é necessária: a vida eterna! 

E eis a nossa recompensa, eis os nossos cem vezes mais... O sorriso do outro, o abraço, o beijo, o toque, a bondade e a ternura. Essa é a maior recompensa.

Mas alerta! Jesus acrescenta 'e também com perseguições', que é sinal de que isso não será fácil. 

Deixemos que a nossa recompensa seja "Jesus, o melhor presente de Deus" e deixemos que hajam epifanías quotidianas, na qual Cristo se revela no rosto dos que mais sofrem. 

E reconfortado pelo bem que fazemos, tenhamos uma noite tranquila.

"Os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos" (Mc. 10, 31).

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