Entre Agosto e Setembro

Acabo de regressar a Lisboa, depois de um mês de descanso em Perosinho (a terra santa, como dizem os meus amigos).


Nada mais chegar a Lisboa e o ambiente muda: de uma terra calma, onde se ouvem os pássaros e as vacas, para uma cidade agitada, onde se ouvem os pássaros de chapa.

Este mês de Agosto, na terra, é uma oportunidade para me desconectar da rotina e dedicar-me a outras coisas: às visitas aos doentes, à visita aos bebés que nasceram entretanto, aos jantares demorados com a família, aos cafezinhos com os amigos e algumas idas à praia.

E, para além de não parar quieto nas férias,  este mês faz-me bem ao corpo e ao espírito. E, assim, renovado volto a Lisboa, ao meu convento, à minha casa pronto para mais um ano que começa.

Chegam também os futuros noviços e é tempo de "matar saudades". Sim, as férias são boas, mas sentimos falta da vida em comunidade. No fundo, fazemos férias da rotina, mas nunca do carisma e da vida de oração, do estudo, da pregação, nem da vida comunitária, já que rezamos na mesma e com mais calma, lemos livros com mais atenção, pregamos com a vida e com a presença e vivemos na comunidade familiar. 


Este mês de Setembro é um mês especial, já que as celebrações dominicanas abundam: profissões simples dos noviços, início do noviciado para os postulantes, profissão solene para mim. Estas celebrações dão cor ao mês de Setembro e tornam-no diferente. 

A propósito, no dia 16 farei a minha profissão solene na Ordem e, desde já, me encomendo às vossas orações. Peço também que rezem pelos noviços e postulantes que também iniciam as diferentes etapas da formação dominicana, bem como pelos seus mestres.

Que este ano que agora inicia seja bom e proveitoso.

Pax Christi! 

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