Um dia de anos (Bodas de Prata)
Intróito para um dia de anos
Como um dia de festa
cada dia se nasce para Deus quando à sua voz
responde a nossa voz
vivemos entre o canto do homem novo, que é pascal,
que é pão, e vinho e comunhão,
e entre o velho canto, que é o da cupidez da carne,
da queixa ruinosa, da impassibilidade.
não seja o momento só de queixa
as nossas queixas são sobre o ter,
não sobre o mistério da existência
ou sobre a ausência de Deus
as nossas queixas transformaram-se
em reivindicação dos nossos
direitos à saúde, à vida, à felicidade
reivindicar direitos é a nossa maneira de viver,
segundo a moral da retribuição, que torna caduca qualquer queixa
a verdadeira queixa é a de um eu que se dirige a um tu,
é um acto de confiança:
«Meu Deus, porque me abandonaste?»
se temos queixas, façamo-las no espaço do louvor
só o louvor pode tornar possível a queixa porque só ele sofre
se nada houvesse no mundo que não merecesse ser louvado, admirado,
a queixa não passaria de vazia vociferação
só a luz mostra as trevas como trevas
só a beleza pode ser o índex da fealdade
se o canto do mundo é um Páscoa, então o canto inclui
necessariamente a queixa por tudo aquilo que ainda está cativo e sofre
o canto que diz Sim de uma forma irreversível é pascal
que a incarnação de Deus transfigure a palavra e o silêncio
e transforme a nossa queixa em louvor e acção de graças.
Frei José Augusto Mourão, in O NOME E A FORMA
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Meus caros amigos,
quase a terminar este dia do meu aniversário, quero mostrar a minha gratidão para com todos aqueles que se recordaram desta efeméride e que me enviaram mensagens e emails - li todas com muita atenção, mas responder é complicado, dada a quantidade -, bem como àqueles que me telefonaram.
Quero, também, agradecer à minha família, sempre presente e próxima. E agradecer, de igual modo, à minha família mais alargada, nomeadamente os meus amigos, que estiveram tão presentes.
Agradeço, ainda, à minha família dominicana que se mostrou tão presente neste dia, especialmente aos meus irmãos de comunidade e, principalmente, aos noviços que me alegraram o dia com as suas músicas e ritmos africanos e, tal como eles cantavam, «Cada um é uma dádiva de Deus / à nossa fraternidade / juntos, como irmãos, / defendamos a nossa vocação».
E, claro, agradecer a Deus o dom da vida e de todas estas pessoas que se vão incorporando nas nossas vidas e fazem-na valer a pena!
Obrigado!
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