A radicalidade (e incómodo) da Palavra
Hoje, depois do meu dia de apostolado junto dos irmãos que sofrem, dediquei-me a redigir o trabalho que tenho de fazer para uma das disciplinas da Universidade sobre a figura e obra poética do frei José Augusto Mourão.
O trabalho consiste em fazer uma leitura teológica de uma colectânea de poemas deste irmão dominicano já falecido. Para isso tenho que estar com a poesia numa mão e a Bíblia na outra.
Ao ler alguns artigos sobre o frei Mourão deparo-me com algumas afirmações sobre ele que me deixaram o 'bichinho' por conhecer ainda mais dele e da sua obra.
A certa altura encontrei esta frase dele e que me levou a parar alguns momentos o que estava a fazer e a pensar no que seria a Palavra de Deus sem a exteriorização que nós lhe damos com a nossa vida.
Assim, fica a frase do poeta litúrgico da "alegria-triste":
《A Palavra de Deus é muito mais radical do que todas as outras e, para ser ouvida, precisa de mediações como as homilias, como a alegria e a beleza dos cânticos, como a géstica e os rituais.》
Aprendi que não podemos ficar com o não-dito por dito, há que extrapolar os esquemas já feitos e passar além das fronteiras do já-dito. Ousemos...
Pax Christi!
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