Complementos (!?)
Talvez porque as minhas publicações não sejam tão frequentes aqui, os amigos e conhecidos começam a enviar cartas e emails. Acho engraçado o receber e escrever cartas pela própria mão.
Vivemos hoje num tempo em que tudo é mecânico, até as letras já não são tão desenhadas mas muito e cada vez mais parecidas às letras dos computadores.
Lembro-me que, na escola primária, ainda levei umas reguadas por causa da caligrafia, mas assim pude melhorá-la.
Como dizia, recebi várias cartas e três delas marcaram-me muito: a de um dominicano francês jovem, outra de um franciscano português já idoso e de uma senhora da minha terra. São três cartas muito diferentes em estilo, assunto e escrita.
Ao ler estes manuscritos, veio-me à memória um texto que li há uns tempos que dizia que 'todos podemos escrever belas páginas com palavras rebuscadas e de modo poético, mas poucos têm a capacidade de, numa simples carta dar conta das emoções'.
Daí que, em certos períodos da história da igreja - por exemplo na vida dos Santos - as cartas são tão importantes e belas.
Hoje, dia do nosso pai S. Francisco, há que recordar a simplicidade e a nobreza deste grande santo da Igreja. A senhora, formada em história, que me escreveu e que recentemente dedicou-se a estudar a vida dos santos, dizia que parece haver 'como que uma complementaridade entre Francisco e Domingos'. De facto, continuava a carta, 'dá a entender que o que faltava a um, o outro tinha' e, ao concluir perguntava-me que 'não será possível afirmar que este grau de parentalidade comum de Domingos e Francisco nas ordens por eles fundadas não nasce deste sentido?'
Fica a pergunta...
Pax Christi.
P.S. Como quase todos sabem, no nosso Convento houve um incêndio que destruiu uma parte dele. Como estamos a viver num outro piso, nem sempre tenho Internet para fazer publicações. Esperemos que, em breve, tudo regresse à normalidade. Aproveito para agradecer as mensagens de apoio e de solidariedade para com o nosso convento.
Vivemos hoje num tempo em que tudo é mecânico, até as letras já não são tão desenhadas mas muito e cada vez mais parecidas às letras dos computadores.
Lembro-me que, na escola primária, ainda levei umas reguadas por causa da caligrafia, mas assim pude melhorá-la.
Como dizia, recebi várias cartas e três delas marcaram-me muito: a de um dominicano francês jovem, outra de um franciscano português já idoso e de uma senhora da minha terra. São três cartas muito diferentes em estilo, assunto e escrita.
Ao ler estes manuscritos, veio-me à memória um texto que li há uns tempos que dizia que 'todos podemos escrever belas páginas com palavras rebuscadas e de modo poético, mas poucos têm a capacidade de, numa simples carta dar conta das emoções'.
Daí que, em certos períodos da história da igreja - por exemplo na vida dos Santos - as cartas são tão importantes e belas.
Hoje, dia do nosso pai S. Francisco, há que recordar a simplicidade e a nobreza deste grande santo da Igreja. A senhora, formada em história, que me escreveu e que recentemente dedicou-se a estudar a vida dos santos, dizia que parece haver 'como que uma complementaridade entre Francisco e Domingos'. De facto, continuava a carta, 'dá a entender que o que faltava a um, o outro tinha' e, ao concluir perguntava-me que 'não será possível afirmar que este grau de parentalidade comum de Domingos e Francisco nas ordens por eles fundadas não nasce deste sentido?'
Fica a pergunta...
Pax Christi.
P.S. Como quase todos sabem, no nosso Convento houve um incêndio que destruiu uma parte dele. Como estamos a viver num outro piso, nem sempre tenho Internet para fazer publicações. Esperemos que, em breve, tudo regresse à normalidade. Aproveito para agradecer as mensagens de apoio e de solidariedade para com o nosso convento.
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