Diante do Mistério
Hoje foi dia de exame de uma das minhas disciplinas da Universidade, intitulada de Mistério de Deus.
Quando estava a responder a uma pergunta acerca da imagem de Deus no Antigo Testamento, lembrei-me de uma história que se conta de Santo Agostinho.
Que infinidade de coisas podemos pensar sobre Deus e sobre este Deus uno e trino. Certamente muitos não compreendem, muitos não aceitam que um Deus possa ser uno e trino ao mesmo tempo, muitos nem conseguem compreender a sua existência e pensei que questionar faz parte da vida e há que questionar sempre, porém há um momento em que deixa de perguntar e apenas se contempla a grandeza de Deus na nossa vida, na nossa história ou economia. E se exclama: EU CREIO!!!
Para mim, hoje foi este momento, o momento em que deixei de questionar, de procurar entender à luz da razão este Mistério de Deus e exclamei: EU CREIO!
Partilho, então, a história de Santo Agostinho:
Andando pela praia, Santo Agostinho submergia certa vez em pensamentos profundos e altíssimos que se elevavam ao céu. Entre seus raciocínios, pensava ele no mistério da Santíssima Trindade.
“Como é que pode haver três Pessoas distintas – Pai, Filho e Espírito Santo – num mesmo e único Deus?”
Ele avistou, de repente, um menino com um baldinho de madeira, que ia até a água do mar, enchia o seu pequeno balde e voltava, despejando a água num buraco na areia.
Santo Agostinho, observando atentamente o menino, perguntou:
– O que estás a fazer?
O menino, com grande simplicidade, olhou para Santo Agostinho e respondeu:
– Coloco neste buraco toda a água do mar!
Diante da inocência do menino, o santo sorriu e disse:
– Isto é impossível, rapaz. Como podes querer colocar toda essa imensidão de água do mar neste pequeno buraco?
O anjo de Deus olhou-o então profundamente e disse com voz forte:
– Em verdade, te digo: é mais fácil colocar toda a água do oceano neste pequeno buraco na areia do que a inteligência humana compreender os mistérios de Deus!
Pax Christi!
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