Primeiro monge

Todos os anos, proponho-me dedicar a minha vida espiritual com base em alguma coisa ou em alguém.

O ano passado, por ser o Jubileu da Ordem, propus-me caminhar com S. Domingos, Humberto de Romans e o beato Jordão de Saxónia. São os três primeiros pais da Ordem dos Pregadores. Li algumas biografias, alguns textos, algumas orações.

Este ano, dedico-o à vida de alguns Santos que me apaixonaram, tais como Antão, João Crisóstomo, Agostinho e Bento de Nursia. E propus-me ler as regras dos referidos, ainda que João Crisóstomo não tenha uma, mas os seus escritos são uma regra de vida social.


Hoje, 17 de Janeiro, celebramos Santo Antão do Deserto ou do Egipto, como queiram. Foi, por assim dizer, o primeiro monge e eremita do cristianismo do Oriente. Desejoso de procurar o sentido da vida, retirou-se para o deserto e viveu numa cova, com uma vida de grande austeridade e grandes sacrifícios. Devido a estes sacrificios viveu apenas 105 anos, como se fosse pouco! 

Dele não temos grandes textos ou tratados, mas apenas relatos da sua vida simples e austera. Conta-Se que vivia numa gruta rodeado de animais, daí ser o patrono dos mesmos.

Ontem, antes de me deitar, fui ler o que lhe corresponde no livro de ditos doS Padres do Deserto e encontrei uma frase que gravei e que convosco partilho: Lembrai-vos dos meus ensinamentos e do meu exemplo, evitai o veneno do pecado e conservai integra a vossa fé viva na caridade como se tivesse que morrer a cada dia.

Que saibamos, também nós, morrer cada dia para o pecado e renascer para a caridade. Que o exemplo de Santo Antão nos faça viver uma vida Santa,  morrendo para o supérfluo e renascendo para o necessário com espírito de caridade. 

Pax Christi! 

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