#contemplaroinsignificante
Faz algum tempo, a minha amiga Raquel criou um "ashtag" no Facebook, com a seguinte entrada: #contemplaroinsignificante. Segui as suas publicações, bem como as partilhas na rubrica "Rezar a Vida", ainda que nunca lhe tivesse dito. Faço-o agora!
Ontem, depois de uma boa conversa sobre literatura e muito especial os diários - área que sou admirador -, falou-se do poema da Adélia Prado, com o título ex Voto (aconselho vivamente a sua leitura). É um belo poema, de uma poetiza existencialista brasileira e que muito faz pensar na vida.
Mas hoje, quando regressava ao convento, depois de uma manhã de aulas, vinha a pensar na vida - como todos fazemos - e surgiu do meu lado direito um campo estranho. Imediatamente fui remetido para as paisagens da minha terra, para os muitos campos abandonados, porque os novos já não os querem trabalhar...
Estranho porque é composto por vários componentes: entre árvores queimadas (houve um incêndio ali em Julho), as árvores que não queimaram, mas estão despidas, daquelas que ainda têm folhas e daquela terra que foi queimada, umas florinhas que surgem como que uma mancha amarela que imediatamente chama à atenção.
E confidenciei-me: também a vida é assim! Queimada, mas há sempre algo novo que surge e dá vida!
Já a chegar à Quarta-feira de Cinzas - como passa o tempo! - pensemos na vida (essa terra queimada), nas árvores queimadas (nos erros), nas árvores despidas (no supérfluo) e naquelas cuja folha ainda persite (qualidades). Que queremos fazer desta terra (desta vida)?
De facto, cara amiga Raquel, tinhas toda a razão, porque ao contemplar o insignificante, contemplamos aquilo que verdadeiramente tem significado...
Pax Christi!
Ontem, depois de uma boa conversa sobre literatura e muito especial os diários - área que sou admirador -, falou-se do poema da Adélia Prado, com o título ex Voto (aconselho vivamente a sua leitura). É um belo poema, de uma poetiza existencialista brasileira e que muito faz pensar na vida.
Mas hoje, quando regressava ao convento, depois de uma manhã de aulas, vinha a pensar na vida - como todos fazemos - e surgiu do meu lado direito um campo estranho. Imediatamente fui remetido para as paisagens da minha terra, para os muitos campos abandonados, porque os novos já não os querem trabalhar...
Estranho porque é composto por vários componentes: entre árvores queimadas (houve um incêndio ali em Julho), as árvores que não queimaram, mas estão despidas, daquelas que ainda têm folhas e daquela terra que foi queimada, umas florinhas que surgem como que uma mancha amarela que imediatamente chama à atenção.
E confidenciei-me: também a vida é assim! Queimada, mas há sempre algo novo que surge e dá vida!
Já a chegar à Quarta-feira de Cinzas - como passa o tempo! - pensemos na vida (essa terra queimada), nas árvores queimadas (nos erros), nas árvores despidas (no supérfluo) e naquelas cuja folha ainda persite (qualidades). Que queremos fazer desta terra (desta vida)?
De facto, cara amiga Raquel, tinhas toda a razão, porque ao contemplar o insignificante, contemplamos aquilo que verdadeiramente tem significado...
Pax Christi!
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