Pelas suas Chagas...
Hoje celebramos as Chagas de Cristo, uma festa portuguesa que terá tido origem no Mosteiro de Alcobaça, por causa de S. Bernardo de Claraval, primo do nosso Rei D. Afonso Henriques.
Esta devoção rapidamente se terá propagado por todo o território nacional e, ainda hoje, é celebrada com fervor, pelo menos em algumas regiões.
Também Luís Vaz de Camões, o nosso grande poeta, num dos cantos dos Lusíadas, faz referência a esta grande festa. Aqui deixo o trecho:
"Vós, tenro e novo ramo florescente
De uma árvore de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada;
(Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)"
(Os Lusíadas. Canto I, 7)
De uma árvore de Cristo mais amada
Que nenhuma nascida no Ocidente,
Cesárea ou Cristianíssima chamada;
(Vede-o no vosso escudo, que presente
Vos amostra a vitória já passada,
Na qual vos deu por armas, e deixou
As que Ele para si na Cruz tomou)"
(Os Lusíadas. Canto I, 7)
Quando o poeta escreve: 'vede o nosso escudo', refere-se à bandeira nacional que sempre teve as quinas e as chagas, quer no tempo da monarquia, quer no tempo da república, como se vê na imagem.
Que esta festa nos recorde que, por nosso amor e por nossa salvação, Cristo se entregou à morte de Cruz.
Deixo aqui, também, uma música que se canta em Sexta-feira Santa, mas que é apropriada ao dia.
Pelas vossas santas chagas, ouvi-nos, Senhor!
Pax Christi!
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