Dias cinzentos
O dia de hoje é cinzento, chuva, frio, roupas escuras, pouca gente nas ruas, enfim... um dia de inverno!
E toda a gente sabe que odeio o Inverno... Eu preciso de luz e de sol, preciso de vitamina D.
Bem, mas como dizia o dia de hoje foi cinzento, não só no tempo, mas na vida! Há dias assim... Sim, a vida de um frade também tem dias assim, dias de pensar, dias desinspirados.
Então, hoje de manhã respondi a uma entrevista para um jornal lá da terra (não foi bem entrevista, nem aquilo é bem um jornal). A jornalista - uma amiga de longa data - perguntava: 'será que, como no casamento, os religiosos desanimam?', ao que respondi 'será que os religiosos não são humanos, como aqueles que casam?' O silêncio fez-se notar do outro lado. Obviamente que existem uma série de factores que nos levam a reflectir, a pensar na vida, mas aí - continuei eu - 'é preciso ir à fonte, ao amor primeiro, àquele momento em que dissemos 'sim!', o resto faz parte.
Porque estava a chover, não me apetecia nada sair do Convento, mas lá fui... compromisso é compromisso. E ainda bem que fui...
Fui fazer pastoral - não na João 13, como habitualmente - mas a uma instituição de que acolhe crianças. Há uns tempos dizia-me a Presidente e fundadora: 'frei José Manuel, eu acho que vai gostar. As crianças despertam o que melhor há em nós!' É certo...
De um dia que não foi grande coisa, aquelas crianças despertaram - como diz o provérbio - a criança que há em nós! E como é bom sentir-se criança... dançar, pular, dar colo, pegar nos brinquedos, e pintar... Aquí fica o registo destas pinturas maravilhosas e, para mim, desastrosas.
Assim foi este dia cinzento...
Pax Christi!
Pax Christi!
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