Mudar de ares...
O ser humano precisa de rotinas diárias para ter uma vida equilibrada mas, de vez em quando, sabe bem quebrar a rotina do dia-a-dia para aliviar, desanuviar ou o que queiram chamar...
Pois bem, é verdade...
Nestes dias, desde Domingo que fui de «quase-férias» - quase porque levei material para estudar para o exame de amanhã - mas sabe bem, realmente, mudar de ambiente, mudar de sítio, mudar de rotinas, mudar de hábitos.
A calma do sítio para onde fui era qualquer coisa, apesar do ruído dos meninos das colónias de férias, mas como dizem que «da boca das crianças sai o louvor perfeito», lá nos íamos habituando.
Não gosto de praia, ou melhor, não gosto de passar horas e dias na praia. Gosto, isso sim, de fazer caminhadas junto ao mar, de dar um mergulho e do ar da praia. Digamos que não gosto propriamente de estar a 'estorricar' na praia ou, como dizia um frade, «contribuir para o cancro de pele».
Foi isso que procurei fazer: cedo ia dar um passeio com direito a mergulho depois sentava-me no pátio a estudar, almoço, uma pequena sesta, outro passeio, outro mergulho e mais umas leituras. Maravilhosos dias...
Geralmente, quando estou de férias tenho um costume: tirar o relógio, colocar o telemóvel em silêncio e foi o que fiz. Embora tendo ido a acompanhar um frei, senti-me solitário no bom sentido, porque pude estar em silêncio e na tranquilidade que aquele lugar oferece.
Como diz o ditado: «foi pouco, mas de boa vontade».
Hoje, no passeio que fiz da parte da manhã, acompanhado, fomos falando de várias coisas, da vida, do tempo, da paisagem, enfim... afinal em duas horas de passeio, dava para falar de muita coisa.
Encontrei várias conchas, mas optei por ficar com apenas duas delas que eram as mais bonitas e ficam como 'recuerdo' destas pequeninas, mas boas férias... um «ramalhete espiritual»!
Mas, hoje, a Igreja celebra um Santo que muito admiro: São Tomás Moro! Um filósofo, um político que soube ser fiel à sua fé e não deixou que o fogo da Reforma de Henrique VIII abalasse a sua fé.
Quase toda a gente conhece, pelo menos de nome, a sua obra mais importante: a Utopia! Uma obra simbólica, cheia de crítica social e política do seu tempo.
O seu martírio foi bem real e a lenda do seu martírio mostra, também, o bom humor deste santo.. Conta uma lenda que, no dia da sua morte, Tomás Moro foi para o cadafalso todo agrilhoado e com correntes muito pesadas. Como mal conseguia mexer, o carrasco foi ajudá-lo a subir o cadafalso. Depois, Tomás Moro disse: «Muito obrigado, mas não se incomode: quando descer, vou sozinho...».
Os mártires, mesmo nos piores momentos, conseguem sorrir, sabem que os espera algo melhor...
Pax Christi!
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