Ó Cor Iesu
Divinas mãos e pés, peito rasgado,
Chagas em brandas carnes imprimidas,
Meu Deus, que por salvar almas perdidas,
Por elas quereis ser crucificado.
Outra fé, outro amor, outro cuidado,
Outras dores às vossas são devidas,
Outros corações limpos, outras vidas,
Outro querer no vosso transformado.
Em Vós se encerrou toda a piedade,
Ficou no mundo só toda a crueza;
Por isso, cada um deu do que tinha.
Claros sinais de amor, ah saudade!
Minha consolação, minha firmeza,
Chagas de meu Senhor, redenção minha.
(Clique para ouvir)
Confesso que, no grande rol das minhas devoções, não existe a do Coração de Jesus, já a do Coração de Maria (amanhã) sim. No Colégio que frequentei, dos Missionários Filhos do Coração de Maria, vulgo Claretianos, sempre houve muita devoção e, nas celebrações litúrgicas não faltavam as alusões ao Coração da Mãe, mas o filho não!
Então, celebrar, para mim, a Solenidade do Coração de Jesus é celebrar o dom da entrega total de Jesus pela humanidade pecadora. Foi assim há 2000 anos, é assim ainda hoje. Quando se fala em graça, tem de se falar, obrigatoriamente, em excesso.
A graça é o excesso de Deus, é Deus que se dá continuamente, sem cadeias nem prisões, sem limites nem barreiras. Simplesmente dá-se!
Aquele lado aberto, de onde se vê o coração é sinal do sofrimento que se torna vida, que se torna dom e, por isso, salvação. O amor de Jesus por nós é imenso, não o desperdicemos...
Eu acredito que São João é o Apóstolo do Amor, deste Amor infinito que Deus nos dá, COMO DOM, para que o partilhemos com os irmãos. Ele afirma, pratique-mo-lo:
Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.
Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.
Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
Amados, se Deus assim nos amou, também nòs devemos amar uns aos outros.
I João 4, 6 - 11
Por isso, neste dia, quero felicitar a Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), as 'Esclavas del Sagrado Corazón' (Congregação de Sevilha) e todas as congregações, institutos e fraternidades que têm o Coração de Jesus como Patrono. Que seja um dia feliz...
Pax Christi!
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